Quando a gente tá triste, parece que tudo começa a dar errado. As manhãs começam a ser inconvenientes, a noites se tornam intermináveis, você fica doente, fica mole, fica um lixo.
Mas em compensação, as palavras ficam mais bonitas, mais profundas. E aí, parece que se você começa a escrever tudo aquilo o que está sentindo, melhora. Momentaneamente, mas melhora. Pena que esse "bem estar" não dura pra sempre, aliás, o que é que dura pra sempre, né?!
Por falar em palavras tristes ou palavras em momentos tristes, whatever, é tão comum falar coisas sem pensar naqueles momentos ruins, né?! É tão comum perder a cabeça e falar o que ficou engasgado por uns dias e até o que nem existia pra falar naquela hora... E depois? A consciência pesa, né? Pesa tanto que até o estômago dói.
Mas o que dói mesmo, é quando você espera por essas palavras. Quando você espera que alguém te diga algo, seja bom ou ruim, mas que te diga. Que procure você, e te diga alguma coisa. É ruim, porque nem sempre as pessoas te procuram, é ruim porque sempre a pessoa da qual você mais espera alguma atitude, é a que mais te decepciona, te deixa na mão, esperando. E aí, você simplesmente chora. Dez minutos, dez horas, dez dias, dez semanas... Você simplesmente chora e lamenta, fala sozinha, conversa consigo mesma como se a outra pessoa estivesse na sua frente e nunca vai sair disso. Sem contar que ainda fica aquela sensação de que tudo o que você faz ou tenta fazer, não é suficiente, não vale nada. Porque por mais que você queira fazer tudo certo, nada parece estar bom pra ninguém.
E então você descobre que ou não é orgulhoso demais pra ir atrás do que tem vontade, ou é idiota por correr atrás de quem não te dá o mínimo valor, de quem só te deixa chateada, de quem te dá mais motivos pra chorar do que pra sorrir.