domingo, 20 de fevereiro de 2011

Someday...





Você já sentiu um frio na barriga sem explicação? Já olhou para os lados mas não tinha ninguém além da sua consciência? Já sentou em um quanto qualquer, com um fone no ouvido, música tocando e o pensamento viajando sempre na mesma pessoa? Ou se sentou num carro, encostou o rosto na janela e ficou vendo tudo passando depressa, o vento batendo no rosto e seus pensamentos passando tão rápido como as coisas do lado de fora?
Sabe como é acordar, passar o dia e ir dormir com uma única pessoa na cabeça? Como é sentir borboletas no estômago quando ela se aproxima de algum jeito, ou até mesmo sem nenhuma aproximação? Sabe como é querer e não conseguir dizer? Querer ouvir mas saber que não vai acontecer? Ou esperar sem saber o que e quando? Já sentiu a respiração ofegante, sem nem mesmo se mover? E aquela vontade incontrolável de estar mais perto, cada vez mais perto, cada vez mais junto..?
Eu tenho tentado procurar mil maneiras de me expressar, de tirar tudo isso de mim e resolvi apelar pro meu querido diário. Vinte dias, nada em especial, nada mais do que vinte dias e bem que dizem que é possível mudar a vida em questão de segundos.
Às vezes acontece de se conhecer alguém, do outro lado da calçada e as coisas simplesmente clicarem. Ou pode acontecer das coisas se clicarem, depois de uma convivência. Quem vai saber...
Muita gente por aí, passa a vida inteira correndo atrás do amor mas poucas o encontram (sorte a delas rs). E pra quem não procura? Pra quem acha ou não acha que vai acontecer? Pra quem nem tinha uma idéia dessa passando pela cabeça?
Nunca pensei que o que eu encarava como curtição, brincadeira ou sei lá, um dia ia chegar a me tirar o sono ou me fazer pensar tanto como venho pensado. O que eu estou a tentar dizer é que desde daquele dia, de chuva, de aula, as coisas mudaram. Ir pro colégio, não é mais só por causa das matérias, não é só porque eu preciso. Ir pro colégio, é o único jeito de ficar perto de você, o único jeito de poder te ver, um refúgio, um momento em que meu coração entra num acordo com a minha razão. E apesar de ser errado, eu não sei mais fingir, eu não sei mais disfarçar e nem mentir pra mim que o que eu sinto por você não é forte, porque é e mais do que eu imaginava. Talvez este seja o preço que eu pago por ter entrado nessa confusão, mas eu não posso fazer mais nada. Estou envolvida mais do que poderia, até mesmo mais do que eu gostaria.
Fazer coisa errada, sempre foi o meu forte. Sou um desastre em matéria de amor ou relacionamentos. E pra variar, eu errei. Mas a verdade é que, desta vez, eu faria de novo. E de novo e mais quantas vezes forem precisas. Cansei de querer ser feliz, de querer que as coisas dêem certo e não fazer nada pra que isso aconteça. Não vem sendo fácil, não é simples mas eu posso esperar. Prefiro pensar, por hora, nos abraços, nos olhares, no jeito único e meio de sorrir, no jeito engraçado de contar as coisas e no gosto daquele beijo que continua aqui, como se fosse ontem.
Paciência é uma virtude e requer prática. Estarei praticando até você chegar.


  

Nenhum comentário:

Postar um comentário