"Eu não quero um dilema, não quero alguns trocados, nem uma simples dose de álcool. Não preciso de migalhas, muito menos as quero. Se eu precisar de algo, pedirei. Se eu não precisar, serei grossa e direi "não" a quem perguntar. Não espero quase nada da vida, na verdade eu cansei de esperar. Tento procurar os meus sentidos que às vezes eu derrubo pelos becos por onde passo e cada vez que os perco e encontro, eles estão um tanto quebrados. Eu precisava de uma vida nova, de novos ares, precisava de um novo "eu". Um "eu" que eu não fizesse idéia de que pudesse ser ou existir. Um "eu" que não se importasse, um "eu" que não sentisse, um "eu" que conseguisse tudo o que queria, um "eu" que se entupisse de coisas e que não passasse mal, um "eu" que contasse mentiras convincentes, um "eu" que eu pudesse chamar de "mim". Mas não adianta querer nada disso, esse "eu" não teria nada meu com ele e talvez eu pudesse sentir falta do que eu realmente consigo ser. Pode não ser o bastante, mas sou alguém que sente, alguém "bonzinho", que erra tentando acertar, que acerta por acidente, que tem o defeito de esperar das pessoas, que acredita, que chora quando uma mentira lhe é contada, que se desespera de preocupação, que ama - ah! e como ama - que espera um telefonema, uma mensagem de texto, que sorri e que espera um sorriso como resposta, que espera um abraço ou um olhar pedindo pra ficar. Eu sou assim, absolutamente bobo, completamente iludido, parcialmente feliz e demasiadamente apaixonado. É, apaixonado por coisas "simples" e "tolas" e é exatamente assim que elas são vistas. Um romântico à moda antiga que não sabe lidar com essa "nova onda" de pegar e não se apegar. Um completo imbecil por achar que as pessoas, que todas elas sabem dar valor à sentimentos ligados ao coração. Alguém que sorri e acha que pode mudar o pensamento de outra pessoa com isso. Alguém que vive em devaneios, esperando um milagre acontecer..."
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