sexta-feira, 27 de agosto de 2010

"Um copo de cerveja, alguns de vinho... não precisou de mais que isso para dar um passo que mudaria a vida de muita gente.
Era domingo, nem frio e nem calor; primeiro domingo dos muitos que vieram depois. Não se lembra quanto tempo faz, os dias o foram apagando da memória. Noites frias, dúvidas, saudade... tudo se misturava e nada conseguia ser entendido. Crises, choros, sorrisos; uma noite. Uma única noite conseguiu decifrar o caminho que estava sendo traçado e a chegada... Ah! A chegada não seria boa e não foi. Era previsível demais, claro demais, superficial de mais. De um lado, alguém com o coração aberto e do outro, um coração totalmente coberto por uma parede de espinhos. Não daria certo, de maneira alguma.
Teimosia, vontade, desejo, amor... foi tudo se misturando e aumentando a cada dia lado a lado. Palavras? Ah, quantas palavras. Quantos versos, quantas canções, quantos abraços. Mas disso tudo, nada restou. O vento desmanchou o castelo de areia que havia sendo erguido. No lugar dele, restou um buraco no chão. No lugar das palavras, agora só existem sussurros e no lugar dos abraços, lembranças.
No final, o coração aberto se abriu demais e partiu-se em dois e os espinhos do outro, já são duros feito rocha." [...]


                      

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